PRAZER E SOFRIMENTO NO TRABALHO: VIVÊNCIAS DE MULHERES SOLDADOS DA PMMG

Autores

  • Jéssica Gabrielle Mathias do Carmo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
  • Ludmila de Vasconcelos Machado Guimarães Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
  • Mariana de Lima Caeiro Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.25113/farol.v3i8.3180

Palavras-chave:

Prazer, Sofrimento, Mulher, Polícia militar.

Resumo

O objetivo central deste estudo foi compreender as vivências de prazer e sofrimento no trabalho de mulheres soldados em uma unidade da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), embasando, principalmente, na psicodinâmica do trabalho. Tendo em vista que a PMMG, pode ser considerada como gueto masculino(CAPPELLE; MELO, 2010), foi fundamental, também, trazer à luz questões relacionadas ao gênero. Como metodologia, trabalhou-se com a articulação quantitativa/qualitativa. Sendo assim, foram aplicados questionários desenvolvidos a partir da Escala de Indicadores de Prazer e Sofrimento no Trabalho (EIPST), criada e validada por Mendes (1999). Posteriormente foram realizadas cinco entrevistas em profundidade a fim de se captar as vivências ligadas ao prazer e sofrimento. Após a transcrição das entrevistas foi possível delimitar categorias consonantes com os resultados dos dados coletados na pesquisa quantitativa, que nortearam as análises das entrevistas realizadas. Em geral, o sentimento de prazer no trabalho sobressaiu em relação ao sofrimento.

Biografia do Autor

Jéssica Gabrielle Mathias do Carmo, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

Bacharela em Administração pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais.

Ludmila de Vasconcelos Machado Guimarães, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

Doutora em Administração pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professora Adjunta do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais.

Mariana de Lima Caeiro, Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

Mestranda em Administração pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

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Publicado

2017-03-03

Edição

Seção

Artigos